terça-feira, 25 de maio de 2010

"Pela longa estrada eu vou, estrada eu sou..."

Neste Final de semana que passou fui a Bagé, correr pro colo da minha mãe, que eu já estava com saudade...
Meu coração anda tão cheio do amor materno, que por outro lado aquele outro tipo de amor, que faz a gente suar, tremer e que dá calafrios anda mais inexistente do que nunca. Tenho sentido um pouco a falta de gostar de alguém e de sentir o retorno também, tenho pensado tanto nela, que muitas vezes esqueço de mim...
E aí me deparo com um coração vazio.
E sei que isso pode parecer bobagem... Mas fico me perguntando se alguém vai gostar de mim daqui um tempo, depois que toda essa fase passar. Sim né, por que por enquanto ninguém vai se apaixonar por uma mulher grávida, então... fico contabilizando o tempo que isso ainda vai demorar a acontecer. E aí depois, ainda vai ter o fato de eu ter uma filha... Ainda existe aquele velho preconceito, com o termo “mãe solteira”.
Ah mas que saco isso também. As pessoas perguntam se sou mãe solteira, como se isso fosse doença. Como se hoje em dia, isso praticamente não acontecesse com mulher nenhuma. Por que não existe o preconceito com os homens que tem filhos e que não são casados, nem tem namorada? Que fique claro; eu não tenho marido, nem namorado. Mas a minha filha (que é a pessoa mais importante nessa história) TEM pai sim. Talvez não seja o homem com quem eu imaginei que teria meus filhos (assim como da parte dele) mas foi como Deus quis que fosse, sei lá por que motivo e ambos nos assustamos. Em nenhum momento pensei em fazer qualquer coisa contra esse bebê que cresce aqui e nem ele me pediu. Só quis que ele assumisse essa filha se ele fosse gostar tanto dela quanto eu. A decisão foi dele. Minha intuição diz que apesar de agora ele ser um pouco “relapso”, ele vai ser um bom pai. E se eu me enganar, com certeza não serei eu que estarei perdendo...
Ainda não acredito que exista amor maior que amor de mãe.

"Ando devagar porque já tive pressa
Levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Eu nada sei..."
(Almir Sater)

3 comentários:

  1. Manu, os pais só se tornam pais quando o bebe nasce, quando eles vem o rostinho, os dedinhos, infelizmente eles não sentem as alterações no corpo,o bebe se mexendo, então talvez esse seja um momento mais da mulher do que da maioria dos homens.Mas PAI, este ser tão importante e desejado também nem sempre é biológico, mas sim quem dá amor,assistência,atenção...Isso eu não tenho dúvida que vai acontecer:de alguém se apaixonar por ti e pela Valentina.Eu já estou!!!

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  2. Manuela
    Preconceitos são rótulos impostos por pobres de espírito que se alimentam de supostas "regras"sociais,criadas sabe-se lá por quem e para que.Ser mãe,independente de estado civil, é uma benção divina que transcende qualquer situação vivida no teatro da hipocrisia dos homens.Sua sensibilidade(demonstrada no que escreve aqui) deve ser absorvida por este momento único, lúdico, energético e feliz que Deus está lhe presenteando agora.Não desperdice esses mágicos momentos pensando em coisas que não sirvam para lhe alimentar a alma.Linda como é(por dentro e por fora)voce não será escolhida para amar alguém.Esse alguém voce escolherá e quem viver verá...
    Bjo!

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  3. Maristela, Vovó da Valentina!29 de maio de 2010 às 12:52

    Minha Querida,
    Vou estar sempre aqui, te esperando pra te dar colo, sempre que precisares, e quando a Valentina chegar, vai ter colo para as duas sempre,ahh e quanto a pensar se alguem vai gostar de ti, não te preocupa com isso, tu vai ter muito Amor na tua Vida, o dificil é encontrar alguem que te mereça, porque não são só as aparências que se deve amar e sim a essência, então Vai em frente, e... o que é teu ta guardado e vai aparecer na hora certa!
    Te Amoooo!!!
    Bjus da Mamãe!

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